Oskar Schindler - Meu sonho não tem fim

Oskar Schindler

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Oskar Schindler nasceu em 28 de abril de 1908, em Zwittau, na República Checa.

 

Sua família era uma das mais ricas e respeitadas da região, mas, como resultado da grande depressão dos anos 30, foi à falência.

 

Desempregado juntou-se ao partido nazista. Foi recrutado pelos serviços secretos alemães para recolher informações sobre os poloneses, sendo que, esta atividade permitiu estabelecer muitos contatos com oficiais nazistas, o que lhe viria a ser muito útil mais tarde.

 

Reabriu uma antiga fábrica de panelas e converteu-a para produção de armamento, empregando 350 judeus, uma vez que estes eram "uma mão de obra barata".

 

Aos poucos, descobriu o terror provocado pelos nazistas e começou a encarar os judeus não só como trabalhadores baratos, mas também como pais, mães e crianças expostas à horrível carnificina do projeto nazista de eliminação total dos judeus.

 

Em sua fábrica, os trabalhadores passavam menos fome do que em outras instalações. Quando a quantidade de comida atingia o limite crítico, Schindler comprava-a no mercado negro. Por duas vezes foi preso pela Gestapo (a polícia secreta nazista), porém, graças aos seus conhecimentos, conseguiu ser libertado.

 

Sua fábrica produziu munições para o exército alemão durante sete meses. Neste período nenhuma munição passou nos testes de qualidade militar, como ele desejava, pois, nenhuma munição fabricada por ele deveria ser responsável por tiros precisos contra possíveis civis inocentes.

 

Até à libertação, na primavera de 1945, Oskar procurou assegurar de todas as maneiras possíveis, a segurança dos "seus judeus". Gastou todo o seu dinheiro e até mesmo as jóias de sua mulher para comprar comida e medicamentos.

 

Sua vida depois da guerra passou por muitas dificuldades. Ficou privado de sua nacionalidade, sofreu ameaças de antigos nazistas e teve o seu pedido de asilo nos EUA recusado, por ter pertencido ao partido nazista. Fugiu para Buenos Aires, na Argentina, onde se fixou como agricultor em 1946. Foi financiado por judeus agradecidos que nunca o esqueceram.

 

Morreu em Hildesheim, na Alemanha, em 9 de outubro de 1974.

 

Hoje, há mais de 6.000 descendentes dos "judeus de Schindler" vivendo nos EUA, Europa e Israel, mais do que os aproximadamente 4.000 judeus residentes na Polônia (antes da II Guerra Mundial, a população judaica da Polônia era de 3,5 milhões).

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